O que é a conversão a Deus?



Através dos séculos e o tempo, as pessoas têm vindo a Deus em diversos modos. A história de cada pessoa tem sido única, ainda quando tem pontos em comuns com outras pessoas. Algumas vezes o encontro é rápido e inesperadamente, outras vezes é preparado por um longo caminho de busca, dúvida e desilusão. Ocasionalmente Deus se revela de forma imprevista, outra é um caminho de constante descoberta. Algumas pessoas encontram na juventude ou infância, enquanto outro quando são adultos ou idosos. Não há dois pessoas que tenham chegado a Deus da mesma forma, contudo encontramos pontos em comum. Somos pessoas buscando sentido na vida, e a vida somente tem sentido em Cristo. Ainda quando os caminhos escolhidos talvez nos levem longe de Deus, curiosamente o Senhor sempre encontrará um modo de nos ajudar a encontrar-Lo. Essa descoberta pessoal não é somente que a própria realização de Deus se revelando a nos. Por isso, o salmista clama “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água” (Salmos 63:1). Deus é o mesmo para todos os povos, Ele é o Senhor Deus, Todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra.

A conversão é sempre um milagre e um dom, já seja de repente e inesperadamente ou gradual. Tem gente que busca toda sua vida antes de vir até Deus, porém não é o individual que descobre a Deus, em vez disso devemos compreender que Deus é quem captura o individuo. O desejo de busca é parte da própria jornada de encontro com Deus. O Senhor se aproxima ao Seu povo com o desejo de ser encontrado. Agostinho, por exemplo, passou através de muitas situações na busca pela verdade. Ele passou muito tempo lendo muitos filósofos e teólogos antes de compreender, já com trinte e três anos, que não podia viver sem Deus. No século 21, as pessoas começam sua busca de formas diferentes, por necessidades, emoções, amizades, etc., isto leva a conceitos e ideias abstratas de “verdade” através das suas experiências ou a experiências de outros; outras pessoas buscam em livros antes de chegar a autentica revelação do Deus pessoal.

Alguns acabam chegando a Igreja através de caminhos tortuosos, através de seitas e, inclusive, outras religiões. Por outro lado, tem aqueles que somente através da catástrofe, tais como a perda do ser amado, uma enfermidade, ou um colapso, ou a desilusão das expectativas, fazem que acordem. Em meio das desgraças, sentimos nossa pobreza profundamente, através da realização de que temos perdido todas as coisas e não temos mais nada ou ninguém a quem ir, exceto Deus. Somente então é que nos encontramos clamamos a Deus de profundis, das profundezas (Salmos 130.1), do lugar da mais profunda angustia e dor.

A conversão pode também chegar como resultado de conhecer um verdadeiro cristão, já seja um presbítero ou um leigo. Não tem sido pouca as vezes que as pessoas chegam até Deus através do seu povo.

Finalmente, há o que tem sido modo natural e orgânico para alcançar a Deus: ser o filho de uma família cristã e crescer como um crente. Aqui também a fé recebida através das nossas famílias tem que ser amadurecida através do pensamento e vivencias pessoais. A fé deverá ser feita pessoal e real na vida do individuo e sua própria experiência. Há muitas pessoas de famílias cristãs que acabam rompendo os seus laços com a fé dos seus antepassados, porque o encontro milagroso com Deus não acontece. Como isto acontece, nem sempre é compreensível. O que temos certeza é que ninguém é nascido a crente. A Fé é um presente de Deus, uma dadiva maravilhosa, nos somente podemos receber com a única certeza de que temos recebido muito mais do que poderíamos imaginar nunca.


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