Os Cristãos devem respeitar o governo civil


Estas palavras de Francisco de Assis nos lembra da importância que nossa vida reflete o Evangelho. Deste modo, não sejamos simplesmente palavras e boas intenções que o vento leva com muita facilidade. Hoje, os brasileiros votamos para eleger os Prefeitos e Vereadores que governaram todas as cidades do Brasil.

Qualquer que tenha sido o motivo pelo qual você tem votado por tal ou qual candidato... amanha, será nossa obrigação orar pelos prefeitos eleitos e por aqueles candidatos que poderão ir a segunda volta. Também, devemos ter presentes nas nossas orações e intercessões aos vereadores eleitos. Nas mãos deles, serão tomadas muitas decisões as quais poderão ser para o bem do Brasil e as pessoas, ou não.

Desejo terminar minha reflexão com um texto do Rev Dr. J. I. Packer, um ministro anglicano, que explica a importância dos cristãos respeitar o governo civil. Espero que a Igreja consiga um dia sem menos crítica e mais otimista:
"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre sis mesmos condenação” (Romanos 13.1-2). 
O governo civil é um instrumento ordenado por Deus para reger a vida das comunidade. Ele é um dentre numerosos meios, incluindo ministros na igreja, pais na família e professores na escola. Cada um desses meios tem sua própria esfera de autoridade sob Cristo, que agora rege o universo em nome de seu Pai, e cada esfera tem de ser delimitada em referência às outras. Em nosso mundo decaído, estas estruturas de autoridade são instituições da ‘graça comum” de Deus (providência bondosa), colocadas como um baluarte contra anarquia, a lei da selva e a dissolução da sociedade ordenada. 
Baseando-se em Romanos 13.1-7 e 1 Pedro 2.13-17, a Confissão de Westminster proclama a esfera do governo civil como segue: "Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e, a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo das bons e castigo dos malfeitores. ... Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da palavra e dos sacramentos ou o poder das chaves do Reino do Céu." (XXIII.1,3) 
Porque o governo civil existe para o bem-estar de toda a sociedade, Deus dá-lhe o poder da espada (isto é, o uso lícito da força para impor leis justas: Rm 13.4). Os cristãos devem reconhecer isto como parte da ordem de Deus (Rm 13.1,2). Mas as autoridades civis não devem usar este poder para perseguir os adeptos ou não adeptos de qualquer religião particular, ou para defender qualquer forma de mal. 
O estado pode apropriadamente cobrar taxas por serviços prestados (Mt 22.15-21; Rm 13.6,7). Porém, se proibir o que Deus requer ou requerer o que Deus proíbe, alguma forma de desobediência civil, com aceitação de suas conseqüências penais (mostrando assim que se reconhece a autoridade atribuída por Deus aos governos como tais), torna-se inevitável (At 4.18-31; 5.17-29). 
Os cristãos devem instar com os governos a cumprir seu papel corretamente. Devem orar por eles, obedecer-lhes e zelar por eles (1 Tm 2.1-4; 1 Pe 2.13,14), recordando-lhes que Deus os ordenou para dirigir, proteger e manter a ordem, mas não para exercer a tirania. Num mundo degradado, em que o poder costumeiramente corrompe, as instituições democráticas que dividem o poder executivo entre muitos e fazem todos seus detentores responsáveis perante o povo, em geral oferecem a melhor esperança de evitar a tirania e assegurar a justiça para todos. 
Autor: J. I. Packer 
Fonte: Teologia Concisa, Ed. Cultura Crista.

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