Um mundo de loucos


Estamos vivendo em um mundo que as coisas começam a não fazer sentido. Não ficaria mais surpreso, se a cor negra deixasse de ser negra, e agora fosse chamado de branca, ou o azul fosse chamado de qualquer outra cor. A verdade parece ser que já não tem mais importância, tudo se torna relativo. As percepções estão mudando diante de nós.

Recentemente, estava lendo em uma coluna a seguinte noticia: "Homem é eleito uma das 100 mulheres mais sexy do mundo" (se acessar o artigo, seja consciente que algumas imagens podem ser consideradas pelo leitor como grotescas). Nem preciso falar a confusão e polêmica que isto tem aberto.


Eu nem vou entrar na questão, se deve, ou não, ser retirado da lista. O que mais fico surpreso é que tem tanto homem assim que se sente atraído pela neutralidade sexual. Este termo, neutralidade sexual, signica o que tem sido chamado por muito tempo, o sexo dos anjos. Nem sabemos se é um homem ou uma mulher, e ficamos na dúvida se é um homem que parece uma mulher, ou uma mulher que tenta se vestir como um homem.

Faz uns anos, se desatou outra polêmica no mundo da moda na Europa, devido a que as modelos estavam sendo (in)diretamente uma influência para a anorexia das jovens européias. De fato, teve um tempo em que as modelos nem tinham curvas, nem idade, nem corpo para serem chamadas de mulher.

Infelizmente, nos encontramos diante de um mundo ferido, confuso e maltrapilho que está precisando encontrar pela primeira vez o poder transformador da graça de Deus.

A identidade dos homens e mulheres, jovens e idosos, está sendo jogado no lixo sem que sejamos capazes de perceber o que está acontecendo conosco. Nossas almas estão morrendo rapidamente, e nosso interior responde com um grito silencioso, incapaz de abrir nosso coração, e o nosso ser, às outras pessoas.

A verdade é que eu mesmo tive dificuldades de entender o que se esperava de mim, como homem. Cresci em uma sociedade impregnada pela doutrina feminista e a corrente "metrossexual." Parecia que ser homem era quase um pecado.

Minha alma de homem estava ferida de morte, sem eu perceber. O livro Coração Selvagem, de John Eldredge, foi um ar fresco em meio de tantas mensagens distorcidas. Não em vão, a igreja esqueceu como ajudar aos homens a ser homens, tendo duas percepções vigentes na atualidade: a visão do homem como macho ou o homem com uma feminilidade difusa. Dois extremos dos quais devemos escapar.

Isto tem causado que os homens, e também as mulheres, estejam sós no meio de uma multidão, e não devemos nos surpreender que já nem sabemos o que é preto ou branco, ou que é certo ou errado, e o que é verdade ou mentira. Talvez, ainda tenhamos a chance de ser uma voz a uma geração que, do contrário, estará perdida.

Que Deus nos ajude a ser pais, e amigos, à nossa geração.

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