Dilma e o Papa, um encontro


A Presidente Dilma se encontra em Roma. Isto não deve ser uma surpresa, já que o Brasil segue sendo o maior país católico-romano do mundo. Ao mesmo tempo, o Vaticano segue sendo muito mais que uma igreja, ele também é um Estado soberano do qual o Papa é o chefe.

Uma coisa curiosa tem sido o que a Presidente Dilma tem pedido ao Bispo de Roma, Francisco I. Não tenho certeza das coisas que eu houvesse pedido ao bispo de Roma, se houvesse encontrado com ele. Com certeza, nunca houvesse sido o que a Presidente Dilma diz. Ela pediu "É claro que o mundo pede hoje além disso [em referência à pobreza] que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas."

Eu acho que os cristãos compreendemos as opções diferencias das pessoas, contudo compreender não significa que aprovemos tais opções, nem que concordemos com tais decisões. De fato, sei que muitas destas opções são fruto da própria maldade e pecado que existe nas pessoas. Ou será que devo aprovar e aceitar como válida a opção diferenciada das pessoas que gostam maliciosamente de crianças, ou dos homens que espancam as mulheres, ou dos indígenas que enterram vivas as crianças?

De jeito nenhum, como cristão e como bispo posso aceitar tais opções. Nem tampouco posso aceitar que um homem termine com sua vida envolvendo-se com drogas, ou sendo escravo do álcool. Nem sou a favor da escravidão que ainda persiste nos dias de hoje, nem do fato de que ainda existem milhões de pessoas vivendo com uns poucos reais cada dia.

Possivelmente, a Presidente Dilma tinha outras questões em mente quando falou isso, tendo em conta a agenda política em questões sociais. Portanto, será importante estar observando aos políticos do PT que são capazes de "atuar como diabo nas eleições" (palavra da própria Dilma) para conseguir o que desejam. E, talvez, nossa Presidente tenha muito que aprender do Bispo de Roma e, sobretudo, das próprias Escrituras. Leia hoje em Provérbios (10.21), "Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos."

Uma questão tenho que pedir aos políticos que tanto falam sobre a pobreza. Renunciem aos seus muitos benefícios que recebem por ser deputado federal ou senador, e dediquem uma parte do seu alto salário para causas nobres, como apadrinhar uma criança ou ajudar uma família que enfrenta a forte seca no sertão. Sigam o exemplo do Papa Francisco I, em que tem mostrado humildade e simplicidade de vida.

Também, peço o mesmo daqueles brasileiros que Deus tem abençoado com grandes recursos financeiros, e podem comprar tantas coisas materiais. Se vocês criticam alguns pastores e padres, porque vivem com grande riqueza. então, sigam meu exemplo e de tantos outros bispos em todo o mundo, ou do próprio Papa. Nós vivemos com simplicidade e humildade, sem muita riqueza, e sem esperar nada. Ainda mais, pelo contrário, damos do pouco que temos para ajudar aqueles que não tem.

Não sei se o leitor sabia que São Paulo é a sexta cidade com mais bilionários em todo o mundo, e a segunda em números de milionários entre os países do BRIC. Se estes brasileiros entregassem somente 1% da sua riqueza a projetos de desenvolvimento social e econômico do Norte e Nordeste através de um banco do pobre, como tem sido desenvolvido na Índia, me pergunto qual seriam os resultados em dez anos. Com certeza, seriam muito positivos.

Entre Dilma e o Papa Francisco I, tenho certeza que prefiro o bispo de Roma. Sua firmeza em favor dos pobres, do matrimônio (um homem e uma mulher) e da vida (não ao aborto), são exemplos claros da fé Cristã, sendo expressada por um dos mais novos líderes religiosos no mundo todo.


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