Crescendo na Graça - a Ressurreição de Cristo



Sempre gostei de aventuras. Quiçá seja porque os primeiros filmes que lembro de ter visto no cinema foram o filme de Conan e outro de Indiana Jones. Ou, quem sabe, se foi devido ao espirito aventureiro de ter nascido e crescido em uma pequena cidade onde saíamos na rua e nas fazendas para viver aventuras inimagináveis. Um dos filmes que gostei nos últimos anos, tem sido os IMORTAIS. A ideia de imortalidade sempre tem estado presente na mente do homem. Dá a sensação de que existe um desejo de viver a eternidade.

O Artigo da Fé de hoje nós ensina sobre a ressurreição de Cristo, vencendo o poder da morte e abrindo a porta para a eternidade e a imortalidade do homem redimido em Cristo Jesus. Não é somente uma bela história, na verdade é a única histórica. Nos temos sido criados para viver com os olhos posto na eternidade, vivendo na imortalidade. Por isso, Jesus é o primeiro entre muitos irmãos. E, atualmente, está assentado a direita do Pai até que volte a julgar os vivos e os mortos. Assim nos ensina os 39 Artigos.

ARTIGO IV - DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos e tomou de novo o Seu corpo, com carne, ossos e tudo o mais pertencente à perfeição da natureza humana; com o que subiu ao Céu, e lá está assentado, até que volte a julgar todos os homens, no último dia.

A ressurreição de Cristo é o fundamento da coroa da nossa fé, como cristãos. Nenhum outro evento, tem tal importância para a Santa Igreja de Cristo, como tem a ressurreição. No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro enfatizou esta verdade, como sendo a primeira, maior e mais importante verdade do evangelho. Tomemos um momento para entender que, do mesmo modo que a redenção é realizada na Cruz de Cristo, a vida eterna nos é dada pela ressurreição de Cristo.

Cristo ressurreto é a proclamação da vitória de Jesus sobre o inferno e o poder da morte, também é a celebração presente dos santos (os cristãos) no céu e a realidade da Igreja Triunfante e Celestial, sendo vivida pela Igreja Militante de Cristo na Terra através da vida no Espírito Santo.

A ressurreição nos leva de volta ao encontro do Criador, após a perda do Éden e a queda do homem. Isto nos ajuda a não temer mais a morte, porque esta foi vencida em Cristo. Contudo o estado da alma do homem, até a chegada do Filho de Deus e a Sua ressurreição desde a morte, era de rejeição e separação, estando longe de Deus, sem esperança, nas trevas (Gênesis 37.35, do hebraico Sheol). No inferno, foram também presas as almas dos justos do Antigo Testamento. Em Hebreus 11, o apóstolo Paulo explica, como os justos viveram com fé e, depois da morte, esperam na expectativa da sua redenção e libertação. "E todos eles, embora recebendo bom testemunho da fé, não obtiveram a promessa; visto que Deus havia providenciado algo melhor a nosso respeito, para que, sem nós, eles não fossem aperfeiçoados" (Hebreus 11.39-40). Nossa vitória, redenção e liberdade também foi a deles.

Cristo, depois de Sua morte na Cruz, desceu ao inferno e venceu a morte. "Porque também Cristo morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; morto na carne, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos na prisão, os quais, noutro tempo, foram rebeldes, ... pois é por isso que o evangelho foi pregado também aos mortos, para que, embora julgados segundo os homens quando na carne, vivam segundo Deus pelo Espírito" (1 Pedro 3.18-20a, 4.6). O apóstolo Paulo também escreve sobre esta questão, citando o salmista, "Subindo para o alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. O que significa "ele subiu", senão que também desceu às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que também subiu muito acima de todos os céus, para preencher todas as coisas" (Efésios 4.8-10).

"O Inferno foi levado em cativeiro pelo Senhor que desceu sobre ele. Foi destruído, foi zombado, foi morto, foi derrubado, estava preso" (Bispo João Crisóstomo)

O poder da morte foi destruído, sendo possível para o homem ser liberto do inferno. A morte dos justos é simplesmente a transição do mundo abaixo para o mundo acima, a vida eterna, e a entrada no Reino de Deus. A morte já não deve ser temida, porque a ressurreição de Cristo mostrou o destino e eternidade para nós. "Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele o primeiro entre os que faleceram" (I Coríntios 15:20). A Ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição, "Pois, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua vez: Cristo primeiro, e depois os que lhe pertencem na sua vinda" (1 Coríntios 15.22-23). Depois disso, a morte será totalmente destruída. "Porque é necessário que ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo de seus pés. E o último inimigo a ser destruído é a morte." (1 Corinthians 15.25-26).

A promessa de Cristo é eterna. Existe tanto conforto nas palavras de Jesus aos seus discípulos, "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito; pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim, para que onde eu estiver estejais vós também" (João 14.2-3). A preocupação de Jesus era tal pelos seus discípulos que orou ao Pai, "Pai, meu desejo é que aqueles que me deste estejam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha glória, a qual me deste, pois me amaste antes da fundação do mundo" (João 17.24). Paulo desejava partir e estar com Cristo (Filipenses 1:23), sabendo que tem "uma casa eterna no céu, não feita por mãos humanas" (2 Coríntios 5.1).

O céu é uma realidade, agora invisível, que será visível para todos. João, o apóstolo, escreve a visão do Trono de Deus no céu onde tinha vinte e quatro anciões vestidos com roupas brancas e coroas de ouro nas cabeças sentados sobre vinte e quatro assentos (Apocalipse 4. 4). Ele viu sob "altar as almas dos que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram" (Apocalipse 6.9); e, no entanto, ele viu Também "uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e na presença do Cordeiro, todos vestidos com túnicas brancas e segurando palmas nas mãos; e clamavam em alta voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro" (Apocalipse 7.9-10).

O Reino de Cristo foi aberto. A promessa da vida eterna nos alcançou na ressurreição de Cristo que venceu a morte, satanás e o pecado. No Céu, são bem-vindos todas as almas dos eleitos de Deus. entraram os primeiros que creram em Cristo, os Apóstolos, os primeiros mártires, os crentes de todos os séculos; e assim, até o fim do mundo, a Nova Jerusalém, a cidade de Deus, será preenchido até que chegue a sua plenitude perfeita. E, isto, foi possível, porque Jesus verdadeiramente ressuscitou dos mortos, não somente espiritualmente, mas também corporalmente.

Tenhamos coragem e plena confiança no Senhor, porque Ele foi preparar nossa moradia, intercede por nós diante do Pai, e mostrou o caminho a Eternidade. Ele reina, Jesus é o Reis de Reis e Senhor e Senhores. Nossa fé, esperança e amor está segura sendo depositada em Cristo. Esta é a certeza da nossa fé, ressuscitaremos um dia, como Cristo ressuscitou da morte.


TEXTOS PARA MEDITAR

Mateus 28.1-17; Lucas 24; João 14; João 20-21; 1 Coríntios 15.12-28; Efésios 4.8-10; Apocalipse 7.9-10.


PERGUNTAS PARA REFLETIR

- Qual é o maior significado da ressurreição de Cristo?

- Qual é a relação entre a descida de Cristo ao inferno e a Ressurreição do Senhor?

- Qual é o significado da ascensão de Cristo?


LIVROS PARA SEGUIR CRESCENDO NA GRAÇA

STOTT, John, Cristianismo Básico, Editora Ultimato, SP.

STROBEL, Lee, Em defesa de Cristo, Editora Vida, SP.

WRIGHT, N.T., A Ressurreição do Filho de Deus, Editora Acadêmica, SP.

0 Comentários