Benissa, a cidade onde nasci



Levo alguns dias na cidade onde nasci. Me encontrei com parte da minha história, percebi as pequenas mudanças que acontecem em cidade de pouco mais de 12,000 pessoas. As emoções preenchem o coração, as sensações e os pensamentos que se faz difícil esquecer.

Sei que sou fruto desta cidade, Benissa. Sou um filho dela, e reconheço como Deus permitiu na sua soberania que nascera nesta cidade que, nem sempre, aparece nos mapas. Nem sei quantas vezes me perguntei porque nasci aqui, em vez de agradecer pela vida que recebi.

Voltar a Benissa, permite observar o passo do tempo, nas pessoas, nas ruas, na vida, acontecem tantas vezes sem perceber que o tempo nos move adiante, inclusive se não desejamos. O presente nos leva a perceber que, logo, forma parte do passado. Desejamos, às vezes, que o futuro chegue para perceber que, talvez, houvéssemos tido que ser mais agradecidos pelo tempo vivido.

Hoje estou escrevendo desde uma pequena cafeteria onde compartilhei longas horas com amigos, onde muitos sonhos nasceram e outros tiveram seu fim. O tempo não tem passado.

Isto nos leva a refletir sobre a simplicidade da realidade de que Deus não tem tempo. Ele não passa, mas está ai conosco.

Na tranquilidade do presente, longe dos barulhos da vida, encontramos um instante de vida para refletir no caminho.

A tristeza me envolve ao perceber que somos eleitos a ser parte de um povo, de viver como parte deste povo eleito, mas terminamos vivendo em ativismo e ações, esquecendo o presente de Deus e a presença do Senhor nas nossas vidas.

Paro... observo, e percebo que a simplicidade do AGORA é onde se encontra a plena realidade de Deus.

Bebo um pouco mais de café, enquanto agradeço a Deus por estar novamente em Benissa, compartindo este momento com Patrice, enquanto esperamos uma nova vida nascer.

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