Existe uma “catolicidade” bíblica?


Arcebispo Cranmer foi, sob Deus, o arquiteto da Reforma da Igreja Inglesa no século 16. Ele fez popular a frase, “catolicidade bíblica.” Assim, afirmou que “a verdade católica é a verdade das Escrituras.” Talvez, esta expressão pareça estranha no Brasil de hoje, inclusive, os reformados achem peculiar de um amigo de Calvino. Não era, os reformadores protestantes tinham a clareza de que não estavam criando uma nova igreja, mas reformando a que já existia.

Ao mesmo tempo, os Reformadores (Tomas Cranmer, Martin Bucer, John Knox, João Calvino, Martinho Lutero, entre tantos outros) entendiam o termo “católico,” como intercambiável com o termo “cristão.” Infelizmente, isto não é assim hoje. A maioria de pessoas pensam na Igreja Católica Romana, quando ouvem ‘católico.’

Consideremos, portanto, é sábio seguir usando este termo, que causa tal confusão quando usamos para referir-nos à fé Cristã dos primeiros cinco séculos?

Certamente, os Reformadores Ingleses afirmavam sua catolicidade, porque entendiam que não eram uma nova igreja. Nem estavam promovendo novas doutrinas. Eles acreditavam ser a Igreja que sempre esteve presente na Inglaterra. Entendiam que estavam resgatando a Igreja da idolatria, da corrupção e das heresias, promovidas pela Igreja de Roma na Idade Média.

As Igrejas Reformadas são, assim, os representantes atuais da catolicidade bíblica no Brasil. Isto se observa claramente quando lemos os 39 Artigos, o Catecismo de Heidelberg, a Confissão de Augsburgo e a Confissão Belga, entre outras

Continuemos fiéis a Cristo, pregando o evangelho e ensinando a sã doutrina.

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