Vivendo o Evangelho no Culto


Nas igrejas anglicanas, adoramos de acordo com o culto da igreja primitiva e a tradição reformada, refletindo as mudanças próprias da Reforma Protestante para trazer de volta ao culto a prática cristã antiga e bíblica. Mas nós não fazemos isso simplesmente por amor as tradições antigas. Louvamos assim, porque desejamos viver o Evangelho visivelmente no nosso culto.

O Culto público da Igreja não é, principalmente, sobre ter uma grande experiência com Deus. Tampouco é sobre a importância de ouvir uma grande palestra, afinal a congregação reunida não é um auditório. Pelo contrário, o culto público é do povo de Deus, que vive o evangelho junto, sendo moldados mais uma vez com a história redentora de Deus.

Como Kevin Vanhoozer escreve,
A liturgia é uma versão ritual condensada e convincente do drama da redenção. Como tal, não deve ser definida em oposição as Escrituras, cujo desempenho é, na verdade, muito parecido com o credo. A liturgia é melhor entendida como um resumo das Escrituras, que toma a forma não de proposições, mas de ações simbólicas... a liturgia é uma performance ritualizada do evangelho que toca à memória e esperança da mesma forma. (Drama of Doctrine, 409)
As liturgias históricas da Igreja demonstram e dão esta abordagem ao Evangelho através do culto público. Deus nos chama a si mesmo, e nós respondemos, confessando nossos pecados e Ele nos assegura do Seu perdão. Então, Ele nos fala através das Escrituras (lida e pregada), e nós respondemos proclamando nossa fé através do Credo e nas orações. Em seguida, Deus nos convida a renovar a Aliança com Sua Igreja e nos alimenta na Mesa do Senhor antes de enviar-nos para servi-Lo no mundo uma semana mais.

Em poucas palavras, nós vivemos no Culto de Santa Comunhão a nossa história, como povo de Deus. Louvamos através da própria Palavra de Deus que se faz presente de muitas formas na liturgia, e escutamos a história redentora do mundo a cada semana. Assim, lembramos como Deus criou o mundo, e a caída, passando pela redenção, até chegar no banquete das bodas do Cordeiro.

Esta é nossa história, esta é nossa liturgia.

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