Volte para seu país...


Faz só umas horas que li novamente estas palavras em um e-mail. Nesta ocasião, foi eu quem provoquei a reação do “arcebispo anglicano” que escreveu estas palavras. Sabe, preciso confessar que fiquei cansado de viver com tanto lobo vestido de cordeiro ao redor. Não dá mais para viver assim, isto não é sério... estão brincando com a vida das pessoas.

Por este motivo, quando recebi a resposta deste irmão defendendo a exibição de um novo filme que mostra um Jesus homossexual, fiquei indignado e provoquei a resposta dele através de um breve e-mail que foi diretamente ao seu orgulho próprio.

Assim, recebi novamente as palavras, “Se não quer ver o que acontece no meu país volte para o seu!” 

Gostaria que juntos pudéssemos refletir sobre esta frase:
1.     Acredito que isto mostra como pessoas que se acham moralmente superiores, diante da falta de argumentos, voltam para a questão pessoal. Deste modo, vemos o “coronelismo” que tanto mal tem feito a este país. Isto deveria ser parte do passado, porém agora tem ressurgido nas igrejas. Diante disso, precisamos combater “o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas(I Timóteo 6:12).
2.     Se tem esquecido a catolicidade (universalidade) da Igreja de Cristo. Se falamos que a igreja é católica, então todos somos parte do mesmo corpo, assim como os que querem me mandar de volta a Espanha (Col. 2.19; João 17.21-22; 1 Co. 12:13). Portanto, ser brasileiro não é mais importante que ser membro do corpo de Cristo, e este corpo está em todo o mundo.
3.     Esta frase faz apologia do nacionalismo, que tantas guerras tem causado; enquanto sobre nossa verdadeira nacionalidade se diz: “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” ( Filipenses 3:20 ). Portanto, nascer brasileiro não é mais importante que nascer de novo. A igreja não entende de fronteiras.
4.     Este “arcebispo” não entende que somos peregrinos e estrangeiros neste mundo. “Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma” (I Pedro 2:11 ). Portanto, precisamos permanecer nas verdades do Evangelho contra as filosofias deste mundo e os desejos da carne.  
5.     Nos encontramos diante de um verdadeiro conflito de cosmovisões. “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). Portanto, precisamos continuar defendendo e construindo o Reino de Deus no Brasil contra as vozes que se levantam contra nós.
6.     Ele não é agradecido pelo testemunho e vida de tantos missionários que se entregaram para que o Brasil de hoje tenha o Evangelho. Estes homens de Deus foram testemunhos do amor de Deus. “Também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” (Hebreus 12:1). Portanto, precisamos ser fiéis ao testemunho daqueles que caminharam diante de nós e seguir firmes na pregação do Evangelho, qualquer que seja nosso lugar de nascimento.
7.     Este argumento esquece que Deus é soberano e Cristo governa a Igreja. Ele manda os seus filhos onde deseja para serem seus representantes. “somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio” (2 Coríntios 5:20). Portanto, este “arcebispo” acha que tem mais autoridade que o próprio Deus, ou que o Brasil tem mais soberania que Deus.
Sinceramente, eu não vou a lugar nenhum, mas podem seguir enviando-me de volta para meu país (“…Eles não são do mundo, como eu também não sou”).

Uma coisa é certa, quanto mais me confrontam estes falsos “arcebispos,” “bispos” e “pastores,” mais certeza tenho de que estou no lugar certo, no tempo certo, com a clara missão de pregar o evangelho e fazer visível o Reino de Deus no Brasil do século 21.



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