Esta questão surgiu devido a que as Escrituras não mostram
todo o processo claramente, ainda que encontramos textos, como Romanos 8.29-30,
que mostram parte deste processo.
Ainda assim, não podemos considerar o texto de Romanos como
uma ordem de salvação, não teologicamente.
Predestinação não deve ser considerada parte deste processo, ainda que existem
teólogos que consideram parte dele, porque a predestinação é uma obra de Deus
que foi realizada antes da fundação do mundo.
Existem diversas listas e formas de apresentar esta Ordem de
Salvação; a seguinte representa a ordem que tem sido ensinada pelos
Reformadores Ingleses e que tem sido expressada no LOC (Livro de Oração Comum)
e nos 39 Artigos. Ainda que existam diversas posições hoje no “Anglicanismo”,
se somos fiéis à ortodoxia, então a seguinte tem sido a ordem que a maioria dos
Anglicanos ensinam conforme a tradição Anglicana e as Escrituras:
Ordem de Salvação (este ordem foi copiado do site da Church Society)
União Mística (União
com Cristo)
Chamada
Regeneração
Arrependimento e
fé (ou conversão)
Justificação
Adoção
Santificação
Perseverança
Glorificação
Precisamos pensar em várias questões sobre a ordem de salvação:
1.
Isto é uma tentativa de explicar estes conceitos
bíblicos e sua interação. Não se pode entender a eles, como um processo
determinado, como se fosse uma lista na qual primeiro recebemos um, depois
outro e sucessivamente. Geralmente, podem acontecer ao mesmo tempo.
2.
O “Ordem de Salvação” tem uma função teológica e
doutrinal importante que nos ajuda a entender que a aplicação da salvação não
sucede em um só momento, é um processo que pode durar toda nossa vida e, só
termina, quando estamos com Cristo no céu. Ainda que isto pode ser negado por
aqueles defensores da plena santificação, porque acreditam que pode ser
presente na vida do cristão em um só momento.
3.
Na Ordem da Salvação, como foi entendido pelos
Anglicanos na Reforma, existe um par de coisas que precisam ser enfatizadas e
que não podem ser mudadas: (a) a regeneração e a chamada deve ser anteriores à
fé, do contrário fé seria uma obra do
próprio homem; (b) fé em si mesma deve vir antes da justificação para que seja
coerente com o ensino da Reforma de justificação só pela fé; e (c) a
justificação deve vir antes da santificação, do contrário temos a doutrina
romana de justificação pela fé e obras.
Recordemos sempre esta simples verdade, a “Ordem de
Salvação” (todas elas) devem sempre ensinar que a salvação e sua ação nas
nossas vidas é inteiramente a obra de Deus através do Espírito Santo. Assim salvação é plenamente de graça. “A
salvação é do Senhor" (Jonas 2:9).
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