Despertando os Gigantes, Parte I


Líderes multiplicam líderes

Como bispo, uma das grandes alegrias e desafios que enfrento é formar líderes íntegros para ser verdadeiros homens de Deus. Nem sempre, é um processo fácil, mas sempre é um processo que requer muita graça, amor e sabedoria de Deus.

Em Lucas 6.12-16, lemos que Jesus "escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos."

Uma leitura superficial do evangelho poderia levar alguém a pensar que aqueles doze homens foram escolhidos por Jesus por terem as condições suficientes para desenvolver sua obra. Inclusive, podemos chegar a pensar que aqueles doze homens foram escolhidos por Jesus dentre a multidão de discípulos, porque eram os mais importantes, ou os mais competentes, ou os mais capacitados, ou porque estavam prontos para cumprir o propósito de Jesus para sua igreja após sua ascensão.

Na verdade, não foi assim, porque o que lemos no evangelho de Lucas é o inicio de uma caminhada de três anos, pois, aqueles homens estavam entrando no melhor seminário teológico para ser moldados, mudados, transformados e formados por Jesus.


Poderíamos descrever aqueles homens como um bando de caipiras da Galileia, gente que nunca havia ido além das fronteiras do seu país, com uma visão medíocre das Escrituras, com rachaduras profundas no caráter, com uma estrutura emocional adoecida, gente com a qual poucos, ou nenhum de nós, escolheria trabalhar.

Sem dúvida, não eram pessoas perfeitas: Uns tinham motivações erradas. (Mc. 10:35-37), outros impulsivos, passionais. (Mt. 26:33), outros eram desatentos, superficiais. (Jo. 14:5 e 8), outros eram mal intencionados. (Jo. 12:6)

Mas Jesus os escolheu, moldou suas vidas e os capacitou para cumprir a grande comissão e seguir os grandes mandamentos. (Mt. 28:18-20; At.2:42; At.17:6)

O desafio, hoje como ontem, segue sendo a formação do caráter e o crescimento espiritual dos discípulos de Cristo e, é óbvio, dos futuros líderes da igreja.

Nesses dias de heresias “cristãs”, de “pastores” picaretas, de apatia espiritual, de secularismo, Deus ainda quer transformar o mundo através do seu povo e, assim, fazer visível o Reino de Deus no Brasil e no mundo.

Jesus decidiu escolher e formar doze homens para seguir a missão de Deus na terra, seguindo a orientação de Deus. Eles foram por todo o mundo (conhecido) pregando o evangelho, fazendo discípulos, abrindo igrejas e formando líderes. (At. 2:42; 11:25-26; 18:11; II Tm. 2:2; Tito 1:5)

Esta segui sendo minha função como bispo: pregar o evangelho, ensinar a palavra de Deus, defender a fé cristã, formar lideres e abrir igrejas. Por isso, oramos e discernimos na nossa escolha de homens que possam chegar a ser verdadeiros adoradores de Deus, amantes da sua Igreja e apaixonados pela missão de Deus no Brasil. Assim, poderão chegar, só pela graça de Deus, a ser verdadeiros gigantes um dia.

O Pastor Lee Robertson diz uma vez, "Tudo se levanta ou cai na liderança."

John Maxwell descreve em um dos seus livros que, nas décadas de 60 e 70, se detonou um processo lento de resistência ao poder e autoridade. Estas duas gerações se revoltaram contra o poder por causa do abuso e fortalecimento das ditaduras no mundo, levando a um enfraquecimento das figuras de autoridade em todos os níveis, inclusive nas igrejas. Ele ainda afirma que o último período no qual surgiram lideranças heroicas foi durante a 2ª guerra mundial.  "... períodos mais turbulentos produzem pessoas que se levantam para confrontar a crise...", completou.

Hoje, a Igreja está em guerra, em crise. Por este motivo, precisamos novamente lideres que sejam capazes de ser homens de Deus, com o coração santificado a Deus, e os olhos na missão de Deus.

Precisamos de mais gigantes da fé dispostos a servir o povo de Deus e amar o mundo. 

No próximo artigo, escreverei sobre o que nós deve estimular a levantar e preparar uma nova geração de Gideões.

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