Anglicanos e os outros “anglicanos”

a diversidade no anglicanismo

As pessoas me perguntam sobre o mundo anglicano no Brasil. Existe pouco conhecimento, e muito desconhecimento sobre o Anglicanismo. Não ajuda o fato de que surgem sites onde se apresentam como anglicanos. Isto causa confusão. 


Faz uns dias escrevi uma postagem neste blog que foi fortemente respondida por algumas pessoas que se sentiram ofendidas pelas minhas opiniões. A verdade é que eu não tenho nada contra elas. Porém, tem concepções do Anglicanismo e praticas que não concordo e, inclusive, acho erradas.

Minha intenção não é criticar as pessoas, mas mostrar os erros de certas praticas, doutrinas e ideias que persistem no nosso meio.

Com certeza, entendo que algumas pessoas não gostem, mas acredito que é hora de trazer um pouco de luz no meio Anglicano no Brasil, porque já existem outros blogs que estão ajudando a trazer luz no meio Cristão e Evangélico Brasileiro.

Anglicanos sensatos existem na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (ainda que não concordo com sua pratica litúrgica, pastoral, doutrinal, missional e relações com TEC) e a Diocese de Recife. E, é claro, a Igreja Anglicana Reformada.

Com certeza, existem outras duas igrejas que são exemplos de missão e pastoral, mas eu entendo que elas não são Anglicanas “per se,” ainda que surgiram do Anglicanismo. Elas formam parte do movimento de convergência. Estou falando da Igreja Episcopal Carismática (IEC) sob liderança do Arcebispo Paulo Garcia e a Igreja Cristã Episcopal do Brasil (ICEB) sob liderança do Bispo Leo.

Tenho um profundo respeito por estas duas igrejas e seus bispos que conheci já faz mais de uma década. Eles sempre tiveram uma visão saudável da igreja e uma grande paixão pela igreja de Cristo no Brasil. De fato, muito foi o que aprendi com eles. Infelizmente, fica longe demais para poder seguir conversando com um bom café.

E as outras igrejas chamadas "anglicanas"?


Bem, tem gente boa que, infelizmente, tem feito algumas más escolhas. Tem lideres que estão tentando seguir o exemplo de Cristo, e outros nem tanto. Tem pessoas que mudam de igrejas a cada ano. Tem lideres que tem mais títulos que o Rei da Espanha. E, inclusive, se pode encontrar “igrejas” virtuais.

Estas igrejas parece ser que tem mais caciques que índios. Nem todas, mas parece ser uma norma comum. E, isso, que eu sou bispo de uma igreja que eu sempre brinco que temos bispos demais(dois). Será que são necessários tantos bispos e clero?

Outra norma parece ser buscar afiliação no exterior. Geralmente, igrejas que tem um processo de afiliação que é mais fácil que abrir uma conta de banco no Brasil. Uma destas igrejas está afiliada a uma comunhão de igrejas que defende valores evangélicos que nem acreditam, nem defendem. Será que é ético?

Inclusive, conheci um caso de um que se falava ser Administrador Apostólico e assinava como reverendo, e nem estava ordenado ainda, mas tinha todas as vestes e muito mais. Será que é moral?

Portanto, alguns são o que parecem ser, e outros não são o que parecem ser. Assim, podemos ver que existem Anglicanos e “anglicanos”... o que faz que cada dia seja mais difícil discernir em meio de tanta confusão.

Por este motivo, desejo tomar um claro compromisso para pregar o Evangelho da graça de Deus e as verdades sobre o Anglicanismo, ainda se isso faz que seja uma voz que clama no deserto.


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